História do Lisboa Basebol Clube segundo o site da coletividade
De 1982 a 1996
Desde 1982 que Marcus VanHoof, um professor de educação física holandês residente em Lisboa, vinha ensinando Basebol aos seus alunos do Externato de S. Jose e do Colégio dos Salesianos de Lisboa. Realizavam-se alguns treinos e jogos anualmente, mas não havia uma equipa propriamente dita. Foi em 1992 que começaram os treinos regulares no Estádio Universitário de Lisboa, um grupo de ex-alunos do “Colégio dos Salesianos” de Lisboa reuniram-se com Marcos. Rapidamente, vários adeptos da modalidade engrossaram o grupo inicial e formou-se a primeira equipa de basebol em Portugal (pelo menos, de que tenhamos conhecimento). O nome escolhido foi o de “Old Stars”, um pouco em tentativa de marcar a já “longa historia” deste grupo de jovens. As cores escolhidas pelo clube foram o Azul (calças) e o cinzento (camisa). O campo nº3(?) do estádio Universitário (ainda com pista de Atletismo em cinza) foi , inicialmente o local de treinos. Alguns dos elementos pertenciam à Faculdade de Ciências de Lisboa e era em representação desta que treinávamos.
Os jogos efectuados nesta altura eram poucos, organizados esporadicamente, mas mantinham o interesse dos jogadores. Pouco a pouco, novos jogadores foram aparecendo um pouco de toda a parte de Lisboa e arredores. O campo de treinos passou a ser o pelado 7 – pois era complicado treinar com atletas a correrem em nossa volta - chegámos a treinar no campo relvado n 5? (campo que diziam que viria a ser para o Basebol) enquanto arranjavam o campo nº 7.
Outras equipas foram aparecendo na década de 90, como por exemplo, os Pioneiros (Seixal) e os Peloteiros (Oliveira de Azeméis).
Fomos padrinhos de baptismo de jogo do Gaia BC e dos Tigres de Loulé. Participámos nas primeiras tentativas de Campeonatos/circuitos nacionais de Basebol, onde constantemente éramos vencidos pela falta de organização. Nesta altura o nome foi alterado para “ASTROS” de Lisboa, pois os “regulamentos” da então comissão instaladora não permitiam nomes “estrangeiros” na denominação das equipes. A moral dos atletas do clube era elevada, sendo os estágios efectuados no Algarve os pontos altos deste empenho e dedicação. Os jogos de demonstração eram importantes para mostrar a modalidade ao mesmo tempo que motivava o trabalho dos atletas.
Época de 1997
Aos poucos, a falta de uma estrutura desportiva e de pessoas interessadas em realmente “trabalhar” para o clube, deixou que o mesmo fosse perdendo força tendo-se tudo agravado quando Marcos se afastou definitivamente. O mesmo só se “levantou “ quando um núcleo duro formado pelos atletas mais inconformados com o desaparecimento da equipe resolveu dar o passo em frente, legalizando a equipe, de modo a poder participar nas competições oficiais.
O nome de “Lisboa Basebol Clube”, foi escolhido para figurar no notário , sendo o nome de “Astros” adoptado como “nome de Guerra”. O campo de treinos passou a ser o “pelado 7” do estádio Universitário que com muito custo conseguimos reservar para os treinos, através da Universidade de Letras de Lisboa, onde estudava parte da equipe. Parte da equipe participou num “estágio” ministrado por dois representantes da Major League, organizado por uma outra equipa de Lisboa entretanto desaparecida (FMH Ford). Bepe, um destes treinadores, foi posteriormente o seleccionador nacional da equipa Portuguesa.
Conseguimos então participar numa competição oficial feita de propósito para 3 equipes que não reuniam as condições necessárias para participar no Campeonato/circuito Nacional – a Taça FPBS, a qual nunca chegou a ter uma conclusão. A falta de fundos monetários para pagar os alugueres dos campos para os jogos, as inscrições da equipe e dos jogadores, a aquisição de material de jogo, foi a principal causa …. As outras equipes eram a Escola n.º 1 de Santo André (de Almada) e os Pioneiros do Seixal.
Nesse ano participámos também na taça de Portugal, sendo eliminados na primeira ronda. Muito tempo tinha passado desde a experiência em jogo, não podendo então fazer face a uma equipe mais experiente. Conseguimos nesta época um campo excelente (de grandes dimensões) para efectuar os jogos, no do Regimento de Comandos da Amadora. No entanto o facto de ficar longe para a maior parte dos jogadores, assim como a falta da necessária disciplina durante a utilização, limitou a realização de eventos no mesmo.
Época de 1998
No ano seguinte houve a ousadia e coragem de participar no Campeonato Nacional. Jogadores havia em conta certa, mas dinheiro nem por isso,…. Era no entanto necessário entrar-se em competição para aguentar a equipe. Sabíamos que se não participássemos no campeonato (arriscando a não poder cumprir com os calendários) a falta de competições iria por si determinar o fim da equipe.
A outra equipe da zona de Lisboa (Os Magos) que estava nas condições do LBC acabara por não se inscrever no campeonato, por falta de verbas e jogadores. Foi nesta altura que estas duas equipes (que “outrora” haviam contribuído para a implementação do Basebol em Portugal) resolveram juntar forças. Unificação difícil pois jogadores que até então se haviam visto como “adversários” de longa data, tinha agora de juntar esforços, ou melhor ainda, tinham de se tornar numa só equipe.
O nome de guerra “Astros” teve de ser abandonado, assim como o nome “Os Magos” também desapareceu. O clube ficou com o nome que hoje o caracteriza “Lisboa Basebol Clube”. Por dificuldades monetárias as camisolas passaram a ser brancas (T-shirts impressas a azul), enquanto as calças se mantinham azuis. Esta união mostrou-se então essencial para a continuação do clube.
A participação neste campeonato valeu o 5º lugar ao LBC, enquanto que na taça tínhamos nos ficado pelos oitavos de final.
Época de 1999
Primeira época em que a equipe recebeu um apoio oficial. A Câmara Municipal de Lisboa, apoiou esta nova modalidade. O campo de jogos passou a ser o do Parque Desportivo de S. João de Brito pois, embora mais caro, era aquele que oferecia (e ainda hoje oferece) melhores condições (um especial agradecimento para o pessoal que gere estas instalações). Os treinos passaram a ser no minúsculo campo 8 do Estádio Universitário de Lisboa onde, cada vez mais, se começa a notar a falta de vontade em permitirem que a continuação dos treinos nas suas instalações. Não sabemos se este facto se deve á gerência ou á secretaria. O facto é que, tendo utilizado estas instalações á quase 10 anos, nestes últimos tempos tem sido difícil lá treinarmos.
O 5º lugar no campeonato nacional e a participação até aos quartos de final na taça foram os resultados desportivos da época.
Época de 2000
A falta de um local onde podesse-mos treinar num horário certo todas as semanas, mostrou-se desastrosa para o clube. Durante mais de metade da época tivéssemos de cancelar treinos na própria hora ficando os jogadores, então presentes sem treinar.
A formação de novos jogadores tornou-se assim impossível. Muitos destes, que estavam então a iniciar-se na prática do Basebol desistiram. A formação de uma escola para atletas mais novos ficou mais uma vez adiada. O clube em vez de ter crescido, como havia sido planeado, entrou em queda. Sem local e horário fixo para treinar tem sido difícil manter as pessoas interessadas.
A equipe feminina era para ter arrancado este ano, no entanto, a falta de elementos na organização da mesma fez com que a constituição desta ficasse também mais uma vez adiada. A fraca motivação esteve, mais uma vez directamente relacionada com a falta de infra-estruturas.
O elevado número de atletas universitários levou a que perto das alturas de exames ficasse-mos sem jogadores suficientes para realizar jogos em boas condições. Chegámos mesmo a perder um jogo por falta de comparência, o que implicou o pagamento de uma pesada multa.
Este ano o apoio esperado da CML não chegou, o que implicou o endividamento do clube, não só pelas despesas tidas com o normal funcionamento das competições oficiais como pela aquisição de material indispensável aos treinos.
Mas nem tudo correu assim tão mal ...
Foram feitas “Jerseys” azuis e cinzentas. O Clube mandou fazer equipamentos para si, das duas cores, em número suficiente de pôr duas equipes a jogar ao mesmo tempo, tendo em vista possíveis jogos de demonstração contra outras equipes ou entre equipas formadas pelos jogadores do próprio clube.
Vila Nova de Santo André (campo do estrela de Santo André) foi palco do 1º estágio da nova era. Embora estivesse a chover durante grande parte do tempo deu para realizar um jogo de demonstração em conjunto com alguns atletas locais. Foi também neste campo que foi efectuado o jogo de casa do campeonato contra Loulé – face à “indisponibilidade” dos campos existentes na Cidade de Lisboa.
Época de 2001
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